Plano prevê zonas de comércio, serviços e hotel de
luxo de 45 andares:
O projeto do paulista Roberto dos Santos Aflalo
Filho ficou em 2º lugar no concurso
Um
projeto inspirado na cidade espanhola de Barcelona venceu nesta terça-feira
(28) o concurso arquitetônico Porto Olímpico, que pretende revitalizar a região
portuária da cidade do Rio de Janeiro, onde será construída parte da
infraestrutura para os Jogos Olímpicos de 2016.
O
projeto do arquiteto carioca João Pedro Backheuser prevê a construção de
prédios residenciais de três, dez ou 20 andares na área. O plano também propõe
áreas habitacionais integradas a zonas de comércio, serviços e o espaço
público, além de um hotel de luxo de 45 andares, que pontuaria a vista de quem
chegar pela baía de Guanabara.
(Veja imagem abaixo do projeto vencedor)
Foram
apresentados 83 projetos no concurso. Backheuser, da Blac Arquitetura e Cidade,
se associou ao escritório Alonso Balaguer, de Barcelona, para elaborar sua
proposta.
Além
de prêmio de R$ 80 mil, a equipe de Backheuser ganha o direito de construir
pelo menos 40% da área para a qual o concurso foi aberto, o que equivale a 170
mil metros quadrados (cerca de 17 quarteirões) na região portuária da capital
fluminense.
Backheuser
acredita que o projeto possa servir como “regenerador do espaço urbano" e
levantar a degradada região portuária do Rio.
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O desenvolvimento da Olimpíada é importantíssimo, mas muito mais importante
para nós é poder contribuir com o desenvolvimento da cidade e com o resgate de
uma área da cidade como o porto. A gente vê a Olimpíada como uma oportunidade,
um gatilho, uma fagulha que pode ajudar a gente nesse processo.
Instalações
Na
área a ser revitalizada, ficarão as vilas de mídia e de árbitros, com cerca de
11 mil quartos para a hospedagem durante o evento (e posterior venda para
constituir áreas residenciais) e o centro de convenções e instalações olímpicas
temporárias, como os centros de credenciamento e de operações.
De acordo com o presidente do IAB (Instituto de
Arquitetos do Brasil), Sérgio Magalhães, a área a ser revitalizada equivale a
cerca de 17% do projeto Porto Maravilha, que prevê a recuperação de uma área de
1 milhão de metros quadrados.
Em segundo lugar no concurso, ficou a proposta de
Roberto dos Santos Aflalo Filho, de São Paulo, desenvolvido em parceria com o
escritório carioca de Flávio Ferreira. Em terceiro, ficou o projeto de
Francisco Spadoni, de São Paulo, enquanto o do arquiteto Jorge Mário Jáuregui,
do Rio de Janeiro, foi o quarto.
A comissão de jurados foi composta por nove
arquitetos e urbanistas. O concurso foi promovido pela Prefeitura do Rio e pelo
IAB.
Segundo Sérgio Magalhães, os projetos contemplados
com o segundo, terceiro e quarto lugares também poderão ter partes
aproveitadas, mas neste caso a decisão caberá à prefeitura e não há proporções
pré-definidas.
Revolução
O prefeito Eduardo Paes afirmou que a renovação da
região portuária será o maior legado deixado para o Rio após os Jogos e que o
resultado do concurso é o “passo definitivo” para potencializar os ganhos
trazidos pelos jogos à cidade.
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É uma revolução para a cidade. É uma mudança na lógica de crescimento do Rio,
que sempre fugiu do Centro, sempre foi em direção à zona oeste.
Em
julho, o comitê organizador Rio 2016 vai apresentar o projeto vencedor ao
Comitê Olímpico Internacional em Durban, na África do Sul.
Em agosto, será divulgado o resultado do concurso
arquitetônico que vai selecionar o plano geral urbanístico para o parque
Olímpico, que será erguido na Barra da Tijuca.
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