segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Conferência do clima de Copenhague

Conferência do clima de Copenhague começa tentando driblar o fracasso
Países sentam à mesa para discutir pacto global pelo clima
Firmar um acordo para a redução das emissões de gases do efeito estufa, como o CO2 (dióxido de carbono), na tentativa de conter o aumento da temperatura na Terra. Esse é o objetivo da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP15), que começou nesta segunda-feira (7) e vai até dia 18 em Copenhague, na Dinamarca.

Da reunião deve sair um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 e tem um índice de sucesso duvidoso. Esse protocolo, criado em 1997 e que começou a vigorar em 2005, estabelecia que os países desenvolvidos 37 países industrializados e a União Europeia se comprometeram a reduzir em 5,2% as emissões de gases causadores do efeito estufa, considerados os responsáveis pelo aquecimento global, tomando por base o que foi emitido em 1990.
Kyoto é importante por ser o primeiro passo para um compromisso global de corte de emissões. O acordo previa metas para reduzir as emissões de países desenvolvidos, mas poupava os em desenvolvimento, como o Brasil, o que reduziu muito os seus efeitos. Além disso, os Estados Unidos não assinaram o protocolo, tornando-o um tanto ineficaz.

Agora, com uma discussão mais madura sobre as causas e os efeitos do aquecimento global, os países vão tentar algo mais ousado. As discussões em Copenhague vão ser realizadas com base em três tópicos básicos: metas ambiciosas de corte de redução de emissões de CO2 por parte de países desenvolvidos; ações apropriadas, com objetivos voluntários, por parte nas nações em desenvolvimento; sistemas de ajuda financeira e tecnológica para que os países consigam alcançar essas metas.

Firmar um acordo para a redução das emissões de gases do efeito estufa, como o CO2 (dióxido de carbono), na tentativa de conter o aumento da temperatura na Terra. Esse é o objetivo da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP15), que começou nesta segunda-feira (7) e vai até dia 18 em Copenhague, na Dinamarca.

Da reunião deve sair um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 e tem um índice de sucesso duvidoso. Esse protocolo, criado em 1997 e que começou a vigorar em 2005, estabelecia que os países desenvolvidos 37 países industrializados e a União Europeia se comprometeram a reduzir em 5,2% as emissões de gases causadores do efeito estufa, considerados os responsáveis pelo aquecimento global, tomando por base o que foi emitido em 1990.

Kyoto é importante por ser o primeiro passo para um compromisso global de corte de emissões. O acordo previa metas para reduzir as emissões de países desenvolvidos, mas poupava os em desenvolvimento, como o Brasil, o que reduziu muito os seus efeitos. Além disso, os Estados Unidos não assinaram o protocolo, tornando-o um tanto ineficaz.

Agora, com uma discussão mais madura sobre as causas e os efeitos do aquecimento global, os países vão tentar algo mais ousado. As discussões em Copenhague vão ser realizadas com base em três tópicos básicos: metas ambiciosas de corte de redução de emissões de CO2 por parte de países desenvolvidos; ações apropriadas, com objetivos voluntários, por parte nas nações em desenvolvimento; sistemas de ajuda financeira e tecnológica para que os países consigam alcançar essas metas.

A concretização de um acordo está longe de ser uma certeza - fala-se em “compromisso político", e não em um acordo claro, com metas, prazos e recursos definidos para o assunto.
Mas, se há cerca de um mês um acordo sobre o assunto parecia improvável, agora o ambiente é bem mais positivo. Países que relutavam em adotar metas mudaram de posição.

Os Estados Unidos, vão propor cortar suas emissões de CO2 em 17% até 2020, levando em conta os índices de 2005. E a China promete reduzir entre 40% e 45% a intensidade energética (emissão de dióxido de carbono por unidade de PIB - Produto Interno Bruto) em 2020 em relação aos níveis de 2005 - a intensidade energética é um conceito um pouco mais vago que uma redução concreta de emissões, o que permite ao governo chinês uma maior margem de manobra, permitindo inclusive que o país emita mais CO2, em números absolutos.

O Brasil também tem sua meta: reduzir de 36,1% a 38,9% suas emissões de gases causadores do efeito estufa estimadas para 2020 - o cálculo é feito com base em uma projeção do que o país emitiria naquele ano.

Essas propostas não devem gerar o "acordo dos sonhos", como admitiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O IPCC (Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas) calcula que os países industrializados devem reduzir entre 25% e 40% de suas emissões até 2020, levando em conta os índices de 1990. No longo prazo, a redução teria de ser de pelo menos 50% até 2050 no mundo todo - contando também com a ajuda dos países em desenvolvimento.

Compromissos pelo Clima

O objetivo é evitar que a temperatura da Terra aumente mais de 2ºC até o fim do século, em relação aos níveis pré-industrial. O problema é que cumprir essas metas implica fazer adaptações drásticas nas atividades industriais dos países, por exemplo, o que levanta temores de que essas medidas afetem o desempenho das economias.

Outro gargalo é a questão do financiamento. Cálculos da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC, em inglês) indicam que, logo de cara, entre 2010 e 2012, os países em desenvolvimento vão precisar de US$ 10 bilhões (R$ 17,3 bilhões) por ano para implementar as mudanças necessárias para conter o aquecimento global. Em 2020, esse valor teria de chegar a US$ 250 bilhões (R$ 433 bilhões) por ano. Os países pobres pedem que os ricos, maiores poluidores, paguem a conta.

Adiar o acordo é uma possibilidade, mas os líderes mundiais teriam de arcar com o prejuízo de imagem causado pelo fracasso, já que grande parte da população mundial e a mídia estão mobilizados para o assunto. Além disso, pode faltar tempo para conseguir um compromisso mundial até 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto.